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Agarrem-nos senão eu mato-me!!!: março 2007

28 março, 2007

 

Vou desgraçar-me...

Vou até ao Algarve durante uns dias “esmifrar” os meus euros em bebida, petiscos, bares de strip e coisas para fumar!
Mentira!… vou para lá, mas vou em trabalho!

…..para depois pegar no dinheiro que ganhar e “esmifrálo” em bebida, petiscos, casas de strip e coisas para fumar!

Se entretanto passarem pelo “Fun park” do rally de Portugal junto ao estádio do Algarve acusem-se e venham dar uns saltos “NESTA COISA” que eu trato bem a malta! …depois podemos ir todos juntos gastar dinheiro em bebida, petiscos, casas de strip e coisas para fumar!

Até para a semana…tanto aqui como “aqui”!

26 março, 2007

 

Lembrar

Ainda não fui dar uma volta pela blogosfera mas presumo que deve andar tudo em alvoroço a postar sobre “o maior português de sempre”. Eu não sou muito de aderir a essas modas previsíveis mas há algo que me apetece dizer, e vou aproveitar pois por aqui por enquanto não há censura!
Foi a mesma liberdade que brotou de um cravo na claridade da primavera que permitiu que ontem, a personalidade mais sombria da nossa história fosse “votada” (não eleita!!!) o “maior português de sempre”.

Ontem tivemos a prova de que a liberdade quando existe é para todos, quer a estimem quer não! É disso que temos de nos orgulhar independentemente da tristeza que sinto de haver pessoas (quero acreditar que na sua maioria por ignorância), que querem brincar com a história.
É conhecido o perverso prazer de criar agitação a coberto da cobardia do anonimato. Por isso o que se verificou terá apenas a importância e o significado que cada um lhe quiser dar.
Como tal não escrevo aqui hoje para criticar ninguém mas sim para lembrar!

...para lembrar todos os que foram assassinados pela policia politica e pelos serviços secretos de Salazar.
Para lembrar os que morreram e os que sobreviveram na guerra colonial, forçados a lutar com o cano da espingarda do regime que defendiam, encostado à sua própria cabeça, por uma causa que não era a sua.
Para lembrar os que foram encarcerados durante longos anos em condições desumanas por terem cometido o crime de sonhar com a liberdade.
Para lembrar os que foram torturados brutalmente.
Para lembrar as famílias separadas dos seus filhos, que partiram ainda meninos para viver longe, num país desconhecido…em alternativa à guerra ou à prisão.
Para lembrar os que nunca se conformaram e que lutaram na clandestinidade abdicando, sem hesitar, da sua própria vida.
Para lembrar aqueles que cujas mão calejadas da enxada era a única coisa que lhes enchia as algibeiras.
Para lembrar os que tiveram de comer a própria fome ao jantar para que um miserável pedaço de pão bolorento matasse a fome que ameaçava os seus próprios filhos.
Para lembrar a frouxa chama da lareira que dava a luz, fazia a sopa, e aquecia a alma que os pés gelados não deixavam adormecer.
Aos que lutaram, aos que sofreram, aos que acreditaram, aos que tombaram com o punho cerrado segurando nele as sementes de Abril…deixo um obrigado em versos de um poema que podem ler AQUI na integra.

Era uma vez um país
onde entre o mar e a guerra
vivia o mais infeliz
dos povos à beira-terra
(…)
Era uma vez um país
onde o pão era contado
(…)
onde morria primeiro
quem nascia desgraçado.
(…)
vivia um povo tão pobre
que partia para a guerra
para encher quem estava
podre de comer a sua terra.
Um povo que era levado
para Angola nos porões
um povo que era tratado
como a arma dos patrões
um povo que era obrigado
a matar por suas mãos
sem saber que um bom soldado
nunca fere os seus irmãos.
Ora passou-se porém
que dentro de um povo escravo
alguém que lhe queria bem
um dia plantou um cravo.
Era a semente da esperança
feita de força e vontade
era ainda uma criança
mas já era a liberdade.
(…)
Esses que tinham lutado
a defender um irmão
esses que tinham passado
o horror da solidão
esses que tinham jurado
sobre uma côdea de pão
ver o povo libertado
do terror da opressão.
Não tinham armas
é certo
mas tinham toda a razão
(…)
uma força perseguida
que na escolha do mais forte
faz com que a força da vida
seja maior do que a morte.
(…)
Porque a força bem empregue
contra a posição contrária
nunca oprime nem persegue
(…)
Foi esta força sem tiros
de antes quebrar que torcer
esta ausência de suspiros
esta fúria de viver
este mar de vozes livres
sempre a crescer a crescer
que das espingardas fez livros
para aprendermos a ler
que dos canhões fez enxadas
para lavrarmos a terra
e das balas disparadas
apenas o fim da guerra.
(…)
Mesmo que tenha passado
às vezes por mãos estranhas
o poder que ali foi dado
saiu das nossas entranhas.
E se esse poder um dia
o quiser roubar alguém
(...)
agora ninguém mais cerra
as portas que Abril abriu.
(…)
Os tais homens feitos de aço
temperado com a tristeza
que envolveram num abraço
toda a história portuguesa.
Dai ao povo o que é do povo
pois o mar não tem patrões.
– Não havia estado novo
nos poemas de Camões!
(…)
agora ninguém mais cerra as portas que Abril abriu!
Ary dos Santos, "As portas que Abril abriu"

23 março, 2007

 

Inversão


O País tem vindo a sofrer daquilo que eu chamo “fenómeno da “inversão”. Portugal é um carro a fazer inversão de marcha na auto-estrada da evolução!
…entre o “cá se fazem cá se pagam” e o “quem semeia a ventos…” qualquer dito popular é confirmado pelo tempo pois tudo o que hoje é “assim” vai mais tarde ou mais cedo “levar uma ganda volta”!

Senão reparem:

Outrora conquistámos os oceanos, agora é o oceano que nos conquista a nós (e à Marina Mota)…A Caparica é só o início, em breve estaremos a banhos numa qualquer praia da Covilhã.

Outrora a malta tremia quando diziam: “O chefe quer falar consigo”….hoje chegamos a qualquer lado e dizemos: “eu quero falar como gajo que manda nesta merda!.”

Em tempos a preocupação era arranjar trabalho para pagar as contas, hoje a pergunta que se impões é: “quem é que me vai pagar as contas enquanto eu estou desempregado?”

Em vez de se ser preso e depois se levar porrada da polícia na esquadra, hoje para conseguir ir à esquadra temos de dar porrada na polícia de maneira a pôr pelo menos 2 agentes nos cuidados intensivos.

Antigamente muitos fugiam para o Brasil para fugir à justiça portuguesa…bem, este não é o melhor exemplo de mudança. .....NEXT.....

Também já lá vai o tempo em que as ovações de pé eram invariavelmente sinal de satisfação com o espectáculo, agora podem ser sinal de que a plateia está impaciente para sair da sala.

Até ao princípio do séc. XX, ao contrário dos dias que correm, isto era um homem “agarrado ao cavalo” .........… não parecia mal e não fazia mal à saúde!

É impressão minha ou a tendência é piorar?

20 março, 2007

 

O Pai a Ponte e o Primeiro…


Ontem no dia em quem, em cada 10 Portugueses 11 oferecem um after-shave ao pai ocorreu-me o seguinte pensamento:
Ainda bem que as crianças apenas passam 4 anos na escola primária e o dia do pai só acontece uma vez por ano… senão queria ver onde é que havia espaço para guardar mais paralelos da calçada amorosamente pintados aspirando ao cargo de “pisa-papéis”?!?!

Mudando de assunto, (não se iludam...não será obrigatóriamente para assunto sério e do interesse públic.)

No domingo ao acordar liguei a TV e a primeira reacção foi de pânico! “A COSTA DA CAPARICA ESTÁ A SER ENGOLIDA PELO MAR!!!” ...pensei.
Passado algum tempo a ver imagens da ponte 25 de Abri lá me apercebi que aquilo que os meus olhos viam não era um plano de emergência para a evacuação da margem sul mas sim uma meia maratona!

Estas provas de atletismo nos últimos 2 anos têm crescido de forma impressionante em nº de participantes e também nos tempos conseguidos pelos vencedores.
Dou por isso os parabéns ao 1º ministro Sócrates que é o responsável por este desenvolvimento!
Toda e qualquer corrida deveria ter um 1º ministro no meio do “pelotão”!!! Não há nada melhor para estimular a competitividade…Quem vai à frente acelera desalmadamente para lhe fugir enquanto os que vão atrás correm furiosamente para o apanhar!!!...Sr. 1º ministro, a ideia é genial e o resultado…PERFEITO!!!

14 março, 2007

 

Desculpem, queria escrever um bocadinho se não causar incómodo…

Chamem-lhe mau feitio, ou manias inconsequentes, mas há lá coisas que não encontram espaço para se acomodarem na minha mente embirrante.

Vai chegar o dia em que Portugal vai ser reconhecido mundialmente como um exemplo de boa educação e civismo pois há muito que o merecemos!
Em mais nenhum outro ponto do mundo civilizado, (e da ilha da madeira também) se pede desculpa não por aquilo que se fez, mas por aquilo que se vai fazer!
O português não quer incomodar. O português sente-se mal por “dar trabalho”

E digo mais. Se for feito um ranking das classes profissionais mais respeitadas, quem surgiria em 1º lugar seriam de longe os empregados de mesa e de balcão!

A preocupação com o bem-estar do próximo começa de manhã com o empregado da pastelaria lá do prédio: “olhe, desculpe, queria um cafezinho e um pastel de nata se for possível!”
Não basta pedir por favor! É preciso pedir desculpa antes de começar a falar. É trabalho adiantado…já fica!
Apetece-nos tomar café, desde que isso não atrapalhe o trabalho de ninguém.

Estamos a almoçar e eis que se acaba o pão com o molho do bitoque ainda a pedir para ser saboreado com a ajuda de uma bela carcaça: “Desculpe, trazia-me mais um bocadinho de pão se for possível?”
Se não for possível só nos resta pedir desculpa pelo incómodo e deixar uma gorjeta generosa para não sermos recordados pelo todo-poderoso da camisa branca como “o-gajo-que-em-vez-de-deixar-as-pessoas-trabalhar-se-põe-para-ali-a-pedir-coisas”

Tenho saudades do tempo em que se dava um murro no balcão para acordar o taberneiro e se dizia: "Sai um copo de tinto e um prato de iscas…e rápido que ainda tenho de ir dar de comer à criação!" E à saída no meio de dois arrotos dizia-se: “…ó xico, aponta aí que eu no fim do mês passo cá para acertar contas!”

Hoje, está mais próximo o dia em que chegaremos ao café dizemos: “ Desculpe, mas eu estive a reparar naquele mil folhas que está ali na vitrina e estava interessado em adquiri-lo caso não esteja destinado ao lanche de Vossa excelência. Quanto é que quer por ele? “....
“1 euro pago a pronto no acto da entrega? Ok! Aqui tem…e mais uma vez desculpe o incómodo!”


As desculpas servem para quando se está a fazer tiro ao prato e enfiamos um balázio na nádega de alguém…agora por pedir uma bica escaldada??? Por amor à santa...Os gajos da camisa branca é que mandam nisto tudo é o que é!

Ps: Não querem vocês ver que desta vez AQUI há humor feito por quem sabe mesmo dessa faina...


09 março, 2007

 

Agora é que eu vou ser linchado à má língua...

Era para vos falar do novo record do guiness batido em Portugal que se refere à maior concentração por m2 de pacemakers, aparelhos auditivos e dentaduras postiças (sem contar com o Natal dos Hospitais.) mas como quase toda a gente viu a gala dos 50 anos da RTP penso ser escusado.

Para não dizerem que eu não ligo aos amigos…vou responder com a maior seriedade do mundo (e talvez até a maior da Europa) ao desafio que me foi lançado por este magnífico blogger.


7 coisas que faço muito bem

7 coisas que detesto

7 coisas que me atraem no sexo oposto

7 coisas que costumo dizer


08 março, 2007

 

E vocês? Gostam do Coelhinho???

Meus amigos, tenho na gaveta algumas ideias para escrever umas "postas" mas na falta de inspiração e tempo para me dedicar a escrever as tradicionais parvoíçes vou dar a conheçer uma pérola!

Eles são os "MAU". Já todos os ouvimos a cantar: "it's a sunny day...." no anuncio da TMN.
Provavelmente o melhor "clip" da musica portuguesa dos últimos tempos.

Não é preciso grandes orçamentos para fazer rir. Basta ser criativo...e maluco também!!!


04 março, 2007

 

Papa açorda

Embora raramente acorde a tempo de dizer bom dia a alguém aos domingos, hoje acordei a tempo de apanhar um pouco do”Jornal da Tarde” e de ficar a saber que:

1º - Milhares de mulheres correram 5 km debaixo de chuva entre o Porto e Matosinhos movidas pela solidariedade e pela luta contra o cancro da mama.
…O protesto parece contar com o apoio total e empenhado dos fabricantes e venderes de soutiens.

2º - Em Évora realizou-se um CONGRESSO DE 3 DIAS subordinado ao tema “A AÇORDA”.

3 dias a discutir a açorda…para chegar à brilhante conclusão que o segredo é a escolha do pão e a aromatização do caldo!!!

E surpresa das surpresas quando questionado acerca da eventual escassez de assunto de discussão sobre a açorda para uma 2ª edição do congresso, o responsável pelo evento disse: “Há muito mais a dizer, é importante discutir o pão!”
3 dias!!!! Sendo que foi dito na reportagem que o “prato” pode ser preparado em 15 minutos…
É sempre possível argumentar dizendo que o PP também faz congressos de 3 dias para eleger o Paulo Portas, e tal como a açorda, mais tarde ou mais cedo vai acabar por ser papado de alguma forma…mas isso para mim não desulpa que se apresente.

Tentando perceber o que vai na cabeça de alguém que resolve fazer um congresso de 3 dias sobre açorda, cheguei à conclusão que nada mais me impede de organizar um festival do carapau frito com arroz de tomate, de fundar a confraria “actimel de baunilha”, ou de fazer congressos sobre os ovos cozidos do folar da Páscoa!
A vida repente ganhou um novo sabor…


PS: Não há açorda a sair mas se tiverem fome de musica acabei de servir uma a esta mesa.

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