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Agarrem-nos senão eu mato-me!!!: agosto 2007

22 agosto, 2007

 

... post grande (com um título estúpido) que não é grande coisa e não que perdem muito se não o lerem.


Como podem constatar a acção por estes lados tem sido pouca e as visitas aos blogs “amigos” têm sido escassas…mesmo assim embora o tenha chegado a ponderar, ainda não é desta que vou “abandonar a paróquia”. Pelo menos por enquanto.

Neste período de ausência tenho tido tempo para concluir que os portugueses têm uma tendência natural para a estupefacção com os fenómenos naturais.

Em nenhum outro país do mundo se abre um noticiário a perguntar à população se sentiu um sismo a meio da noite que equivale em termos de impacto a um desarranjo intestinal provocado por uma feijoada à transmontana. O auge da reportagem dá-se quando a tia micas diz que realmente sentiu a cristaleira a "tilintar" mas penseou que fosse uma corrente de ar”

Mas não se fica pelos sismos a fascinação pela mãe natureza! Daqui a poucos meses estarão batalhões de jornalistas no alto da torre na serra da estrela, repetindo o folclore anual para conseguir um entrevista exclusiva com o primeiro floco de neve do Inverno! A notícia de abertura será o “1º nevão do ano na serra da estrela!"..e na 2ª parte "vamos entrar em directo do palácio de S. Bento porque diz-se que o governo caiu!”…mas cada coisa a seu tempo porque à prioridades a respeitar! Meus amigos, a equação é simples… chuva + temperaturas negativas = neve com base na teoria base que diz que frio + água = gelo. O que me revolta é que o meu frigorífico faz o mesmo sem ser preciso esperar pelo Inverno e não vem a TVI cá a casa para o mostrar ao mundo!

Em contrapartida temos a total indiferença pelo que se pode estar a passar no resto do universo… será que à vida noutros planetas?...em galáxias distantes? ..que se lixe! Os americanos que se ralem com isso e depois digam alguma coisa.O tuga não se importa que haja vida extraterrestre. A malta por cá só ficaria preocupada (eu diria mesmo revoltada) se um dia se souber haver que algures noutro planeta as férias são maiores, as gajas melhores e as “minis” mais frescas! Isso é que era de um gajo ficar passado… fora isso, pouco importa.
Ps: Tenho de atribuir uma menção honrosa para o slogan da campanha de prevenção rodiviária do Governo Civil de Leiria que tem rodado nas rádios do distrio dizendo: “Este ano não morra na estrada! Um conselho do governo civil de Leiria.”
Note-se que é apenas um conselho...e compreensível pois isto de morrer na estrada é uma grande maçada. Mas que não haja dúvidas que é um bom conselho pois morrer na estrada para além de sujar a via pública e provocar engarrafamentos é uma coisa que faz mal à saúde!
Portanto se circula nas estradas leirienses respeite este apelo! Se quiser morrer na estrada tem 2 alternativas. Ou espera pelo próximo ano ou então inicia uma nova campanha com o mote: "Vá morrer longe para não incomodar!"

08 agosto, 2007

 

Throw your arms around me

Há dias em que se acorda para a vida mesmo sem ter dormido.
Há noites como esta em que se pensa em vez de dormir.
Há horas em que se fizeram promessas, e há momentos em que as juramos cumprir.
Hoje não fiz promessas. Não amaldiçoei a sorte nem lamentei a falta de jeito para te mimar.
Hoje…agora, sou quem conheceste. Sou quem eu gosto e quero ser. Sem mágoa e sem ciúme. Sem desculpas e sem obrigados.
Hoje sou o futuro que quero fazer melhor, (ainda que diferente) que um passado que parecia perfeito.
Hoje não desejo mudar palavras ditas, nem compensar gestos imperfeitos. Quero rir antes de pensar se vale a pena rir por tão pouco.
Hoje quero saber que não permitirei a ausência magoada e o medo de voltar a dizer olá!
O telefone amanhã vai desligar-se com um sorriso e não com: “beijo,… fica bem” antecedido de um silencia mudo de palavras presas ao medo de dizer verdade.
Hoje aceito o desafio de me querer como tua companhia. O carinho voltará a chegar por correio azul e o ombro mais rápido que um alfa…o complicador avariou fora da garantia. E parece simples saber o que fazer sem pensar em como fazê-lo.

Perguntarás quantas vezes eu disse: agora é que é! ???

Não vou jurar que desta é que é a sério
Hoje é assim, amanhã logo se vê.



04 agosto, 2007

 

Tralha

Como bons Portugueses orgulhamo-nos de bonitas palavras que só a nós pertencem, saudade é o exemplo mais referenciado, mas não fica por aqui a originalidade de termos, hábitos e manias que não se traduzem em qualquer outra língua, só existindo na de Camões (…aquele grande poeta Português, que via mais com um só olho que muitos de nós com os três)

Os ingleses têm “stuff ou things” … coisas! Eles têm “stuff” da mesma forma que nós temos “coisas” mas nós para além das coisas temos a “tralha” enquanto eles continuam a ter “stuff”.
A tralha é uma instituição da nossa cultura, na senda da velha máxima que tudo pode vir dar jeito justificada com o argumento irrefutável que é o: “…porque nunca se sabe!”

A mais próxima tradução para a língua de Shakespeare (que não é mais que o Camões em versão "bife") da palavra “tralha” é “rubbish” o equivalente em português da palavra lixo, o que transforma automaticamente o meu sótão num ecoponto… com a preocupante constatação de que não passa o camião todos os dias para o despejar.

Minha gente, a verdade é só esta: Os vossos sótãos, garagens e demais anexos estão carregadinhos de merda e derivados!

Que sejam crentes ao ponto de guardar os guarda-chuva com as varetas partidas na esperança de um dia os mandar arranjar ainda é tolerável! ( talvez os mandem reparar quando os gajos da TMN, da EDP, dos CTT, do BPI da propaganda médica, da pastelaria Antunes e da tasca da “Tia Micas” os deixarem de oferecer. .... E os chinocas os deixarem de vender a 3 “aurélios”!

Agora acreditar um dia voltar a ouvir sair do gira-discos sem agulha que remonta ao reinado de D. Carlos , as vozes maviosas do Trio Odemira a cantar “…e a igreja estava toda iluminada” … isso já entra no campo da ficção cientifica! Mas pronto está bem... haja fé e aspirinas!

Não deitem fora é os “naprons” do enxoval , “biblôs” e restante loiça decorativa pois não duvido que em breve haverá lá por casa uma cómoda em carvalho de 350 quilos com os puxadores das gavetas dourados que ficará mesmo a “matar” com os ditos cujos orgulhosamente em exposição!
Apelo desesperado: Se por acaso este post lhes alertar a consciência e os levar a revirar a “tralha” antiga, vejam se no caixote das revistas têm a edição de Novembro de 1977 da revista Gina…é que uma vez emprestei-a a um amigo e fiquei com a colecção incompleta!
Ps: Entretanto fui vasculhar no baú da tralha que realmente interessa e deu post novo AQUI .

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