Agarrem-nos senão eu mato-me!!!

Desde que me lembro de ouvir nos noticiários e ler em jornais mais ou menos sensacionalistas os relatos dos assassinatos que ocorrem em Portugal, reparei que na maior parte dos casos a história é muito parecida e os métodos recorrentes.Acabando muitas vezes com o suícidio ou entrega voluntária do assassino!

Aconteçe geralmente numa aldeia do interior com o nome parecido com qualquer coisa do género de Arribais de baixo, em que um homem perfeitamente insuspeito descobre que a mulher o anda a enganar com o seu (dele) próprio irmão.
Vai daí que profundamente revoltado falta ao trabalho e passa o dia a chorar e a beber copos de vinho no café central ( é o mais provável pois localidade Portuguesa digna de o ser tem um "café central"), dizendo a todos os que quiserem ouvir "Ai... que eu vou desgraçar a minha vida e a daqueles dois desgraçados!!!"
É por altura do lusco-fusco que vai para casa agarra na espingarda ( caso não tenha espingarda a faca da matança do porco também serve) atravessa a aldeia de arma na mão direito á casa do irmão e dispara á queima roupa sobre o pobre coitado.
Já com a populção em alvoroço a espreitar das janelas volta a casa salpidado de sangue e acaba com a mulher antes de se suicidar ou de telefonar ele próprio á GNR para se entregar!

Meus amigos, são estes os nossos crimes! Enquanto lá por fora temos assassinos anos a fio a escapar á justiça, a matar em série e a eleminar as pistas, enganando os detectives, usando miras telescópicas e silenciadores, em suma verdadeiros artistas da arte de bem matar...e fugir, por cá temos assassinos que anunciam do alto da torre da igreija que vão fazer, a quem e a que horas!
Depois temendo que as 120 testemunhas do crime não sejam suficientes para o incriminar preferem jogar pelo seguro e confessar.
Diz-se que o criminoso volta sempre ao local do crime, os nossos nem se dão ao trabalho de lá sair!

Para acabar de compor o ramalhete no dia seguinte os jornalistas questionam os vizinhos se alguma vez pensaram que isto poderia acontecer a resposta é invariávelmente esta: "- Nunca pensei...ele era uma pessoa pacata que se dava bem com toda gente, nunca teve problemas com ninguém, um sujeito impecável, muito simpático e trabalhador!...e já agora "corno" permitam-me acrecentar!
Como devem estar a imaginar são estes mesmos vizinhos que vão formar um ajuntamento á porta do tribunal para insultar e esganar "esse grandessíssimo malando!!!", mas isso é um assunto já debatido no post "AJUNTAMENTOS" lá mais em baixo.

Em consequencia de termos crimonosos pouco eficientes na arte da fuga é que temos as cadeia lotadas.
A nossa policia não é assim tão boa.Os nossos assassinos é que são pessoas honestas e com sentido cívico apurado.