badge
Agarrem-nos senão eu mato-me!!!: dezembro 2007

27 dezembro, 2007

 

Algures nos Restauradores...

Na altura em que me deparei com este manual de instruções não tive tempo para explicar umas coisitas à gerência, visto já estar atrasado para ir ver um concerto ao coliseu, mas aqui fica na esperança de estar a prestar um serviço cívico.

Em primeiro lugar é impossível pedir a um ser macho que se preze para que faça mais coisas do que aquelas que já faz na frente de um urinol.
Homem que é homem chega na frente do urinol…perdão mictório, de copo de cerveja numa mão e cigarro na outra. A matemática diz-nos que ou bem que um gajo tem 3 mãos e está safo ou bem que liberta uma para agarrar a pila.
É então que pendura o cigarro na boca e fecha os olhos por causa do fumo, o que impede de ler todo e qualquer texto que na sua frente esteja afixado.
O máximo que um gajo faz é brincar um bocadinho a tentar acertar com o jacto nas bolas de naftalina. Aliás, nestas circunstâncias e a partir de “X” cervejas é já de todo exagerado pedir que se urine (..ou será que se “micte”???) na totalidade para dentro do receptáculo colocado para o efeito! …. Foda-se! “Receptáculo” caiu aqui que nem ginjas!
Ilações a retirar:
Parece que higiene afinal leva acento no “È” ficando higiéne.
Mijar já foi mais simples…sobretudo nos cafés dos restauradores.
A estas instruções deve ser acrescentada as seguintes notas de rodapé:
- Sé és gago começa a contar até 5 logo que a tirares para fora senão gastas a água toda.
-Se não sabes o que quer dizer mictório e/ou fluxómetro mais vale ires purgar o sistema urinário lá mais abaixo ao Rossio.
Se queres mesmo poupar água, Faz-te um homem e bebe cerveja!


Ps:
Para vos compensar da prolongada ausência natalícia, houve dose dupla e postei também aqui o nº 3 da série "zeca".

12 dezembro, 2007

 

Bairro do Amor

Há locais que se vão transformando ao ritmo das emoções…o chão é da mesma textura e as casas continuam iguais e serenas na tranquilidade de quem vê partir e chegar tristezas e alegrias. Mas a estrada que nos leva até lá parece tornar-se mais sinuosa e longa à medida que as recordações se acumulam e as saudades apertam.

Os espaço que ocupamos vai sendo transformado num campo minado. É a rua que nos traz um perfume familiar. É a praia que nos traz o adormecido sabor de um beijo ainda presente. É o lugar mais insuspeito que ao ser pisado faz a respiração acelerar ao mesmo tempo que põe a mente em câmara lenta. Um pé em falso e rebenta uma caixa de pandora, que maleficamente traz a tristeza montada a galope nas coisas que juramos ainda amar eternamente.
E logo eu, que sou especialista no “minesweeper”. No jogo é só assinalar com um bandeirinha as casas armadilhadas e não mais as volto a abrir…maldita realidade virtual!
O inconsciente leva ao afastamento dos lugares que nos fazem recordar o sabor da felicidade.
Gostava de perceber que lógica é esta, que nos dá coragem de voltar a rir no local onde partimos uma perna e nos faz simultaneamente evitar com medo de voltar a errar, e chorar, os locais que colorimos outrora com sorrisos.

É por estas e por outras que apetece mudar as tralhas todas para uma nova morada…o lugar está escolhido, falta comprar um dois palminhos de terreno e construir um abrigo seguro e confortável.

Econtraremo-nos algures por aqui…um dia!



CLICAR AQUI PARA OUVIR O "BAIRRO DO AMOR"

No bairro do amor a vida é um carrossel
Onde há sempre lugar para mais alguém
O bairro do amor foi feito a lápis de côr
Por gente que sofreu por não ter ninguém

No bairro do amor o tempo morre devagar
Num cachimbo a rodar de mão em mão
No bairro do amor há quem pergunte a sorrir:
Será que ainda cá estamos no fim do Verão?

Eh, pá, deixa-me abrir contigo
Desabafar contigo
Falar-te da minha solidão
Ah, é bom sorrir um pouco
Descontrair-me um pouco
Eu sei que tu compreendes bem

No bairro do amor a vida corre sempre igual
De café em café, de bar em bar
No bairro do amor o Sol parece maior
E há ondas de ternura em cada olhar

O bairro do amor é uma zona marginal
Onde não há hotéis nem hospitais
No bairro do amor cada um tem que tratar
Das suas nódoas negras sentimentais

Eh, pá, deixa-me abrir contigo
Desabafar contigo
Falar-te da minha solidão
Ah, é bom sorrir um pouco
Descontrair-me um pouco
Eu sei que tu compreendes bem



PS: Não, ...não estou doente, mas também nunca disse que isto ía ser sempre só palhaçada e forróbódó! (andava desde fevereiro de 2006, data da abertura do blog ansioso por utilizar a palavra "fórróbódó", este texto todo foi apenas um pretexto para cumprir esse objectivo)

08 dezembro, 2007

 

Há que ter cabeça...e não só!

Constou-me que há um dito mais ou menos popular entre o mulherio que diz que “os homens não se querem bonitos”.
Se por um lado isto pode querer dizer que o facto de eu ser solteiro há 25 anos até pode ser bom sinal por outro revela que as mulheres são seres dotados de uma inteligência e ponderação superiores quando comparadas com alguns homens. (note-se que disse ALGUNS).

A mulher prefere ter um homem menos vistoso correndo assim menos riscos que este caia em tentação ao ser alvo da cobiça alheia.
O homem por seu lado gosta de ter uma mulher vistosa, dito em português corrente, boa!
Gosta de mostrar aos outros elementos da espécie a sua fêmea. Dá-lhe um certo gozo sentir a sua mulher cobiçada. A dor de cotovelo e a inveja alheia alimentam-lhe o ego.
Quem beneficia com isto? Os stands de automóveis obviamente!
Quantos de nós não reparámos já no “pintas” que se passeia no seu descapotável com a sua “febra” ao lado?

Mas ao contrário do que possam pensar a equação que leva ao resultado observado não é “Homem com dinheiro + Descapotável = namorada boa” mas sim “homem + namorada boa = descapotável”.
Ainda há por aí quem viva na seguinte ilusão: “Queres uma mulher bonita? Compra um descapotável!” quando a dura realidade diz: “Tens uma gaja boa? Então começa a pensar em comprar um descapotável para teres espaço para arrumar os cornos ó boi!”
Seja como for ganha o negócio e safa-se a economia!

PS: 2º post da série “Zeca” já publicado AQUI .

This page is powered by Blogger. Isn't yours?