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Agarrem-nos senão eu mato-me!!!: Tralha

04 agosto, 2007

 

Tralha

Como bons Portugueses orgulhamo-nos de bonitas palavras que só a nós pertencem, saudade é o exemplo mais referenciado, mas não fica por aqui a originalidade de termos, hábitos e manias que não se traduzem em qualquer outra língua, só existindo na de Camões (…aquele grande poeta Português, que via mais com um só olho que muitos de nós com os três)

Os ingleses têm “stuff ou things” … coisas! Eles têm “stuff” da mesma forma que nós temos “coisas” mas nós para além das coisas temos a “tralha” enquanto eles continuam a ter “stuff”.
A tralha é uma instituição da nossa cultura, na senda da velha máxima que tudo pode vir dar jeito justificada com o argumento irrefutável que é o: “…porque nunca se sabe!”

A mais próxima tradução para a língua de Shakespeare (que não é mais que o Camões em versão "bife") da palavra “tralha” é “rubbish” o equivalente em português da palavra lixo, o que transforma automaticamente o meu sótão num ecoponto… com a preocupante constatação de que não passa o camião todos os dias para o despejar.

Minha gente, a verdade é só esta: Os vossos sótãos, garagens e demais anexos estão carregadinhos de merda e derivados!

Que sejam crentes ao ponto de guardar os guarda-chuva com as varetas partidas na esperança de um dia os mandar arranjar ainda é tolerável! ( talvez os mandem reparar quando os gajos da TMN, da EDP, dos CTT, do BPI da propaganda médica, da pastelaria Antunes e da tasca da “Tia Micas” os deixarem de oferecer. .... E os chinocas os deixarem de vender a 3 “aurélios”!

Agora acreditar um dia voltar a ouvir sair do gira-discos sem agulha que remonta ao reinado de D. Carlos , as vozes maviosas do Trio Odemira a cantar “…e a igreja estava toda iluminada” … isso já entra no campo da ficção cientifica! Mas pronto está bem... haja fé e aspirinas!

Não deitem fora é os “naprons” do enxoval , “biblôs” e restante loiça decorativa pois não duvido que em breve haverá lá por casa uma cómoda em carvalho de 350 quilos com os puxadores das gavetas dourados que ficará mesmo a “matar” com os ditos cujos orgulhosamente em exposição!
Apelo desesperado: Se por acaso este post lhes alertar a consciência e os levar a revirar a “tralha” antiga, vejam se no caixote das revistas têm a edição de Novembro de 1977 da revista Gina…é que uma vez emprestei-a a um amigo e fiquei com a colecção incompleta!
Ps: Entretanto fui vasculhar no baú da tralha que realmente interessa e deu post novo AQUI .

Comments:
Tralha tralha e mais tralha! Essa é uma das característica dos portugueses, guardar toda a merda que já não presta! Excelente texto, identifico-me com o tema.

Cumprimentos.
 
hahahahah por acaso tenho uma cómoda que assenta q nem uma luva nessa descrição, mas cá os naprons é que não, esses nunca hão-de fazer parte da minha existência!
 
heheh, eu odeio "tralhas" tou smp a deitar coisas fora, preciso de espaço, lool
 
E as tralhas que se levam para férias? Essas também contam, certo?
Eu que estou para aqui a fazer a mala para ir de férias, estou a tentar não levar muita tralha, mas é uma tarefa árdua. :P

Boas férias para ti, porque eu fuuuuui!!!
 
Minha gente, a verdade é só esta: Os vossos sótãos, garagens e demais anexos estão carregadinhos de merda e derivados!



Lolol........sempre com razão cheínha de humor!Só tu, rapaz!
 
sei bem a dificuldade de traduzir a palavra!!

;)
 
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